Poucas vezes na vida pode-se ver incompetência maior que na questão das enchentes em São Paulo. Lembro-me ainda do Governo do Fleury, quando foi anunciada a despoluição do rio Tietê, a um custo de mais de um bilhão de dólares. O tempo passou e só restaram os processos no Tribunal de Contas e na Justiça, pois o dinheiro sumiu e não foi o gato que comeu, mas sim as ratazanas da política, muito conhecidas. Como os tucanos têm por DNA o velho PMDB, de lá também herdaram as mumunhas e desgraças das enchentes.
O trio Mario Covas/Alckmim/Serra também fez suas estripulias, com o tal rebaixamento da calha do rio e lá se foram mais um bilhão e as enchentes continuam como dantes no quartel D´Abrantes. A cada chuva, novas cenas de velhos cenários inundam os noticiários, de um sofrimento que vai a cada dia perpetrando-se diante da incompetência e descaso do Tucanato.
Mais recentemente, polêmica. Desta vez com relação a se devia ou não abrir as comportas para jogar a água para Cubatão. E, não fosse a coragem da Prefeita Márcia Rosa, Cubatão poderia ficar embaixo de água. E, pior, com os seus mananciais comprometidos. Ao governador, restou a desculpa esfarrapada de que estavam politizando uma questão meramente técnica. Técnica para ele e seu amigo Kassab, mas para toda nossa Baixada não é tão simples assim, pois não podemos pagar pela incompetência dos governantes do Planalto.
Outro ponto que revela a arrogância do Governo do Estado dá-se na questão da remoção dos moradores das cotas, cujos técnicos queriam impor suas vontades totalmente dissociadas das necessidades e desejos do povo cubatense. Mais uma vez, a Prefeita teve que “Peitar” o Governo do Estado e o fez de forma competente.
De outra banda, o que o Governo Estadual tem feito é alimentar estruturas falidas, verdadeiras “Casas de Chá” como o CONDESB (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) e AGEM (Agência Metropolitana da Baixada Santista), que para nada mais servem do que, como galhos a tucanos de plumagem rota, fora de mandatos, perpetrando enganações, como a da construção da ponte ligando Santos a Guarujá, que na verdade deveria ser um túnel, mas sabe-se lá os interesses que estão determinando a escolha por um meio que matará de uma vez por todas nosso Porto.
O que tem faltado ao Governador Serra, primeiro, é descer do salto, depois descer a serra sem seu bando de bajuladores e olhar no olho de nosso povo. Afinal, não mais agüentamos viver tão próximo da capital e tão distante das soluções que precisamos.
Luis Carlos Romazzini
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