quinta-feira, 22 de julho de 2010

Artigo - O mundo de Orwell

George Orwell notabilizou-se por duas obras fantásticas: A Revolução dos Bichos e 1984. Em que pese seu anticomunismo, estas obras nos levam a reflexões por demais importantes. Vou me fixar na obra 1984, um jogo de números, pois se referia ao período de 1948, na qual além da feroz critica ao regime stalinista russo, ficaram algumas situações e a tão propalada frase “Mundo Orwelliano”.

No mundo criado por ele, o Estado Comunista tudo via, dirigia e intervinha. O cidadão era violentamente vigiado, quando não delatado. Não havia outra alternativa, a não ser trilhar por caminhos pelo Estado delineados. Estado “Big Brother”. Isso mesmo, esse formato que as televisões adotaram e que milhões de pessoas adoram ver: um grupo enjaulado, com suas pilherias, mentiras, paixões momentâneas e intrigas, onde só conta vencer a qualquer preço.

Até Nostradamus traz, em uma de suas profecias, que o mundo antes de seu fim ficará com o filho de Deus em uma praça e por três dias será ignorado pelo mundo todo. Hoje, via Internet, isso é factível, pois sabemos de tudo e a tudo vemos.

Só para ilustrar este mundo em que vivemos, citarei três últimos casos de crimes famosos. O casal Nardoni, hoje condenado, por matar a menina Isabella, viram a casa cair quando se verificou, pelo GPS do carro, que o período em que sustentaram ter ficado na garagem e no apartamento era infinitamente menor do que diziam. No caso Mercia Nakashima, mais uma vez o GPS do carro está dedurando as andanças nas proximidades de sua casa, pelo hoje acusado ex-namorado.

Já no caso do goleiro Bruno, do Flamengo, não só o GPS, mas os radares de trânsito por três vezes flagraram o carro em alta velocidade, estabelecendo a trajetória do veiculo e jogando por terra as lorotas contadas pelos envolvidos.

Portanto, meu amigo, mesmo você não sendo aquele personagem da piada que, ao atender ao celular no motel e verificar ser a esposa aflita, pergunta: oh mulher, como sabes que estou com a amante? Cuidado, você esta sendo filmado.

É no banco da grana ou da praça, no barzinho, na loja, na boate ou no cemitério. Você está sendo filmado, vigiado, visto, revisto e revistado, gravado pelo botão do casaco, ao desnudar sua amante, naquele piscar de olhos. No radar do farol, da rodovia, tudo nesta via de infovias, pois hoje basta orar. Vigiar já o fazem por nós, em todos os momentos. O beijo, outrora roubado, está gravado, filmado, impresso. É confissão total, batom na cueca ficou na saudade.
Luis Carlos Romazzini

terça-feira, 20 de julho de 2010

Lançamento da campanha para Deputado Estadual

Clique nas imagens para ampliá-las