Somos sabedores da excelência na formação de jovens do CAMPG, que não é uma instituição pública, como muitos governantes espertamente tentam fazer crer. Pior mesmo é o caso da ETEC Santos Dumont, situada na Vila Júlia, diretamente ligada ao Centro Estadual Paula Souza.
Lembro-me muito bem da luta para reabrir o curso de manutenção de aeronaves e da firme atuação do professor Gonçalves e de vários agentes políticos. Na época, fomos todos ao então Secretário Estadual de ciência e Tecnologia, João Carlos Meirelles, ele próprio um aviador.
Numa união de esforços, foi possível o retorno do curso, que à época contava com uma só turma. Havia a alternativa de criação de outros cursos, como na área de turismo, plenamente justificáveis, dada a nossa vocação natural. Mas, todos naquele momento se esforçaram em dizer que a prioridade era a ampliação do curso de manutenção de aeronaves.
O que vemos hoje é uma escola com a metade de suas vagas dedicadas ao ensino médio e não profissionalizante. O curso de manutenção com as mesmas 40 vagas e com o nepotismo campeando solto, vez que, marido e mulher estão em postos de direção e coordenação dos ensinos, técnico e médio.
A prefeitura, por seu turno, finge-se de avestruz, embora seja ela que paga os alugueres do prédio e ultimamente até ofereceu terreno lá no Jardim Progresso para a construção de uma ETEC. Pergunta-se: por que não um terreno perto da prefeitura, onde melhor serviria a toda a população?
Pergunta-se ainda à prefeita, que um dia foi professora: como concordar com uma “Escola Técnica”, em que metade das vagas é para o ensino médio? Por que até agora nada se fez para a implantação de cursos na área de petróleo e gás? Com a palavra, aqueles que têm por dever defender os interesses do nosso povo no Poder Executivo. Por enquanto, o sonho é, no mínimo, metade farsa.
Luis Carlos Romazzini